Como sacar dinheiro no exterior?

Em Bancos e agências por André M. Coelho

Trazer os cartões certos com você, saber usá-los e escolher o caixa eletrônico certo ajudará a evitar taxas desnecessárias durante a sua viagem.

Os brasileiros gostam de viajar para o exterior pela oportunidade de mergulhar em culturas estrangeiras e ver, provar, tocar e Instagram os restos de civilizações antigas. Mas, ao chegar, uma verdade atemporal geralmente nos atinge no bolso: o dinheiro ainda é rei em grande parte do mundo.

Apesar da conveniência e das vantagens que associamos a cartões de crédito, cartões de débito e aplicativos de banco móvel em casa, usá-los no exterior pode ser caro se você não souber as taxas cobradas para comprar dinheiro como turista.

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Taxas para sacar dinheiro no exterior

Como as taxas de câmbio entre o Real e outras moedas estão em constante fluxo de mercado, os novos viajantes geralmente começam sua jornada para o exterior com uma compreensão menos do que precisa do seu ponto de partida financeiro.

Esse início instável costuma se desgastar a alguns passos do portão de chegada, com a primeira visita a um caixa eletrônico estrangeiro ou a um balcão de câmbio de aeroportos. É aqui que os novatos geralmente encontram as taxas que enfrentam para trocar reais por dinheiro local. Essas incluem:

Taxa de transação no exterior: essa taxa, cobrada na maioria dos cartões de crédito e débito, conversões em dinheiro e vendas no varejo, baseia-se em uma porcentagem do valor da compra, geralmente de 1 a 3 por cento, sem limite mínimo ou máximo. Também é chamada de taxa de câmbio ou de conversão de moeda. Embora essa taxa seja cobrada pelos processadores de transações de cartão de crédito / débito do Brasil (Mastercard, Visa etc.), ela geralmente é repassada ao consumidor pelo banco emissor do cartão, onde também pode ser cobrado por sua própria taxa.

Taxa de saque: bancos e cooperativas de crédito também cobram normalmente uma taxa fixa pelo uso de uma rede estrangeira de caixas eletrônicos.

Taxa do proprietário do caixa eletrônico: embora os proprietários estrangeiros de caixas eletrônicos frequentemente também paguem sua própria taxa, muitos lançam o valor no local como cortesia para viajantes preocupados com o orçamento.

Taxa de conversão dinâmica de moeda: alguns bancos e varejistas oferecem a opção de efetuar a compra de sua moeda em dólares americanos e não na moeda local, a uma taxa definida pelo comerciante. O custo para os consumidores pode chegar a 7% nesse serviço, e você ainda será cobrado pelas taxas estrangeiras aplicáveis ​​ao seu cartão.

Aqui estão algumas dicas para uma transição perfeita.

Sacando dinheiro fora do Brasil

Saque dinheiro no exterior de forma inteligente para não gastar muito em taxas. (Foto: Lingopolo)

Faça o saque ATM no exterior em caixas eletrônicos do seu banco e de seus parceiros estrangeiros

As redes interbancárias, como Visa PLUS e Mastercard Maestro ou Cirrus, permitem que os titulares de cartões ATM da rede acessem caixas eletrônicos sem sobretaxa no exterior. Existem também alguns megabancos, como o Citibank, que possuem sua própria rede internacional de caixas eletrônicos, a partir da qual seus clientes podem retirar dinheiro sem taxas.

Não existem muitas maneiras de evitar uma taxa de conversão de moeda, mas existem maneiras de evitar as taxas de caixa eletrônico no exterior, procurando bancos parceiros do seu banco doméstico.

Passo a passo para sacar no caixa eletrônico no exterior

Primeiro, verifique o localizador de rede online do seu banco para ver se os caixas eletrônicos parceiros são convenientes para o (s) seu (s) destino (s) de viagem.

Em seguida, verifique se o seu cartão ATM está em rede e, caso contrário, pergunte ao seu banco ou cooperativa de crédito sobre a inscrição em um cartão qualificado.

Como alguns caixas eletrônicos no exterior não aceitam senhas PINs de três dígitos, verifique se o seu PIN tem quatro números e não começa com 0.

Anote os números antes da sua viagem, pois alguns caixas eletrônicos estrangeiros não possuem letras no teclado. Não escreva o número no cartão.

Não há muitas maneiras de evitar uma taxa de conversão de moeda, mas há maneiras de evitar as taxas de caixa eletrônico no exterior, procurando bancos parceiros do seu banco doméstico.

Não use cartões de crédito em caixas eletrônicos

Os titulares de cartão geralmente são surpreendidos pelo fato de que saques em dinheiro em cartões de crédito em qualquer caixa eletrônico são considerados um adiantamento em dinheiro, o que significa que você estará sujeito a uma taxa e a altas taxas de juros que surgem no momento em que você pega as contas. É, basicamente, um empréstimo do cartão, e vai custar caro.

Prefira pagar na moeda local

Enquanto muitos varejistas e alguns bancos no exterior se oferecem para cobrar suas compras em dólares e até em reais, é melhor que a oferta seja paga na moeda local. Uma conversão de moeda no ponto de venda, conhecida como conversão de moeda dinâmica, custará para você.

Normalmente, isso não é um bom negócio para os consumidores, porque eles contam com você para permitir a conversão, o que pode custar uma diferença que pode ser grande.

Onde entram Visa e Mastercard, eles realmente fazem a conversão a taxas de mercado, e é aí que os consumidores podem economizar. Você obtém o benefício de grandes taxas de instituição, em vez de bancos ou empresas locais.

Escolha um cartão com taxas internacionais competitivas

Os especialistas em viagens sugerem que você carregue três cartões no exterior: um cartão de crédito primário, um cartão de crédito alternativo e um cartão de débito. Leve o cartão de crédito e débito principal com você e guarde o backup em um local seguro e separado. Um dos cartões de crédito seja uma opção com taxas mais competitivas no exterior.

Verifique se seus cartões de viagem contêm chips

Os cartões de chip EMV multifuncionais são padrão em todo o mundo, mas alguns viajantes são pegos de surpresa quando seu cartão sem chip é rejeitado no exterior. Se houver tempo antes da partida, tenha sempre uma versão em chip dos cartões que você planeja usar para evitar esse possível inconveniente.

Ficou alguma dúvida? Deixem nos comentários suas perguntas!

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Crédito ou débito? Esta é uma pergunta quase sempre feita ao se pagar com cartão mas é uma questão também comum na vida de muitos brasileiros. Com mais de 300 horas em cursos de finanças, empreendedorismo, entre outros, André formou-se em pedagogia e se especializou em educação financeira. Dá também consultorias financeiras e empresariais quando seus clientes precisam de ajuda e compartilha conhecimentos aqui neste site.

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