6 dicas sobre o cheque especial

Em Educação financeira por André M. Coelho

O cheque especial acontece. Muitos de nós provavelmente sabem o que é entrar no cheque especial na conta corrente. Há um sentimento de afundamento específico quando você vê aquele sinal de menos na frente do seu saldo disponível, e as grandes taxas que certamente seguirão.

Mas um pouco de conhecimento sobre como as taxas de cheque especial funcionam pode torná-las mais fáceis de evitar – e ajudar a diminuir o impacto delas. Veja o que você precisa saber.

O que é o cheque especial?

A definição básica de um cheque especial, também conhecido no setor bancário como “fundos não-suficientes” é simples: é quando um cliente autoriza transações que excedem o seu saldo. Muitos tipos de transações com conta corrente podem acionar um cheque especial em sua conta incluindo:

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Altas taxas de cheque especial

Enquanto cheques devolvidos ainda causam problemas para os consumidores, a forma mais comum do cheque especial acontecer é através de cartões de débito e transações em caixas eletrônicos, que, juntos, respondem quase metade de todos os usos do cheque especial. Quando um cheque especial de cartão de débito acontece, o banco pode:

A segunda opção, conhecida como “saque a descoberto” ou “cheque especial”, cobra aos clientes do banco uma taxa de juros alta, além do IOF que é cobrado pelo valor que é usado do cheque especial. Pode ser melhor usar um empréstimo de curto prazo ao invés de pegar um cheque especial caro.

Como funciona o cheque especial?

Uma maneira de pensar sobre o cheque especial é como um empréstimo de curto prazo com uma taxa de juros realmente muito alta. Os termos da sua conta corrente, especialmente a ordem em que o seu banco cobra as transações na sua conta, podem ter um grande impacto sobre o que você pagará. Por isso, saber os juros de seu cheque especial é importante, pois você deve fugir desse tipo de empréstimo e buscar opções que tenham taxas de juros menores e melhores condições para o pagamento.

Cuidados com cheque especial

O cheque especial, quando mal utilizado, pode resultar em dívidas e o pagamento de juros muito altos. Todo cuidado é pouco. (Foto: New York Post)

Cobrança do cheque especial

Os bancos têm a capacidade de ordenar suas transações de duas maneiras básicas:

Cronologicamente: o banco debita as transações de sua conta na ordem em que elas ocorreram, usando seu saldo disponível para cobrir as primeiras transações efetuadas e cobrando uma taxa de saque a descoberto para a transação que trouxe sua conta abaixo de zero e cada uma a partir de então.

Do maior para o menor: o banco usa seu saldo disponível para cobrir as maiores transações que você fez no dia em que você se submeteu, cobrando uma taxa de saque especial para a compra que retira sua conta e cada compra menor depois disso.

As encomendas de maior para menor geralmente atingem mais os consumidores, porque, mesmo que um titular de conta perceba que ele está no cheque especial e pára de fazer transações, a reordenação pode gerar muito mais usos do cheque especial e, potencialmente, centenas de reais em taxas.

É muito difícil para um consumidor gerenciar sua conta com responsabilidade quando o banco, em segundo plano, está fazendo coisas que realmente aumentam as taxas do cheque especial. Por isso, mante ro control constante da sua conta é essencial para evitar problemas e dívidas.

As penalidades por não pagar o que especial são severas

Não é incomum que um incidente de uso do cheque especial resulte em uma avalanche de taxas que empurram o saldo da conta corrente da vítima para centenas de reais abaixo de zero, o que pode dificultar a recuperação de tais incidentes. Além disso, se um saldo negativo permanecer na sua conta por tempo suficiente, muitos bancos cobrarão uma taxa adicional, chamada de “taxa de saque a descoberto”.

Para muitos, uma avalanche de cheque especial é a última vez que eles verão uma conta corrente convencional por um longo tempo. Normalmente, se um detentor da conta não puder pagar o saldo não pago com rapidez suficiente, o próximo passo do banco é fechar a conta e enviar um relatório negativo para uma agência de informação de crédito e reduzir seu score de crédito.

Como controlar o cheque especial?

A melhor maneira de lidar com o cheque especial é evitá-lo em primeiro lugar

Desativar

Se acordo com as regras de proteção ao consumidor, os bancos precisam obter o seu consentimento antes de se inscreverem para proteção de cheque especial no caixa eletrônico e débito. Apesar dos custos potencialmente altos da opção, muitos correntistas ainda o fazem, talvez porque eles não entendem o que estão concordando. Mais da metade das pessoas que incorreram em cheque especial no ano anterior não sabiam que haviam optado pelo cheque especial. Felizmente, você está livre para entrar em contato com seu banco a qualquer momento para recusar o cheque especial. No entanto: a desativação não protege você de pagar taxas ou entrar no cadastro de emissores de cheques sem fundo se um cheque for devolvido.

Monitorar

Muitos bancos oferecem uma variedade de ferramentas que podem ajudar os correntistas a manterem-se atualizados sobre seus saldos e evitar o cheque especial. Há bancos que oferecem alertas, e você pode configurar um alerta para que quando o saldo ficar abaixo de um determinado valor, você será notificado. Os serviços bancários on-ine e móveis também podem ajudar os clientes a verificar seu saldo com facilidade, mas cheques escritos contra sua conta podem não aparecer em seu extrato online até que seja tarde demais. Para evitar o cheque especial, é importante verificar e acompanhar as transações.

Reservas

Muitos bancos oferecem a capacidade de vincular sua conta corrente a uma conta de poupança. Dessa forma, você pode ter seu cheque especial evitado ao transferir automaticamente recursos da conta poupança para sua conta corrente, evitando pagar juros absurdos.

Como você evita o cheque especial? Quais estratégias utiliza para não ser cobrado?

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Crédito ou débito? Esta é uma pergunta quase sempre feita ao se pagar com cartão mas é uma questão também comum na vida de muitos brasileiros. Com mais de 300 horas em cursos de finanças, empreendedorismo, entre outros, André formou-se em pedagogia e se especializou em educação financeira. Dá também consultorias financeiras e empresariais quando seus clientes precisam de ajuda e compartilha conhecimentos aqui neste site.

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